Resumo

Darwin e a evolução:
Charles Darwin (1809-1882) acreditava que os animais se formam por evolução, ele reparou que ao longo dos tempos os seres vivos iam modificando certas características e que os próprios fósseis de algumas espécies extintas se pareciam muito com certas espécies vivas. Para Darwin as espécies não se criaram de uma só vez mas sim que evoluíram e que foram modificando pequenos aspectos. A teoria de Darwin consistia na evolução como resultado de selecção natural, ou seja, os sobrevivnetes, que darão origem á geração seguinte transmitiam aos seus descendentes as características naturais que os tornavam mais adaptados. Podemos ainda dizer que a teoria de Darwin permitiu á psicologia situar o estudo do comportamento humano no contexto dos outros seres vivos que se batem pela sobrevivência na adaptação ao meio.
Wundt e a consciência:
Wunt fundou, em Leipzig, o primeiro laboratório de psicologia em 1879O aparecimento da psicologia científica surgiu com o contributo de investigadores de diferentes ciências vizinhas: Física, Medicina e, sobretudo, da fisiologia. Um dos trabalhos de wunt foi o seu tratado “psicologia fisiologia” (1873-74). Wunt defendia o estudo da Consciência, pois que “toda a psicologia começa pela introspecção”, ou seja, pela análise da consciência. O estruturalismo de wunt tenta descrever as estruturas mentais a partir dos seus elementos básicos que seriam as sensações, o modo de investigação apresentado por wunt, a introspecção estudava as “sensações” a partir das descrições que os sujeitos faziam dos seus “estados mentais” enquanto eram submetidos a certos estímulos (sons, imagens, etc). Era uma introspecção provocada ou controlada visto que não era feita ocasionalmente. Contudo, era pouco fiável, sofrendo severas críticas de outros psicólogos. A principal importância de wunt na psicologia foi a criação do primeiro laboratório que aproximou essa mesma das ciências experimentais, iniciando um novo período de Historia.

Freud e a psicanálise:
Sigmund Freud (1856-1939) Formou-se em medicina, em Viena, especializando-se em neurologia, este criou ma clínica privada com Breuer, em Viena, desenvolvendo a ideia de que muitos dos nossos pensamentos e comportamentos têm causas não racionais, inconscientes. Freud acreditava que as perturbações dos seus doentes são consequências de factores de ordem sexual. Esse conceito de sexualidade era expresso pelo termo libido, abarcando tudo o que nos faz aproximar de coisas ou pessoas. Segundo Freud, a nossa personalidade possui uma dimensão consciente e outra inconsciente, sendo a ultima responsável por todas as motivações e comportamentos. Freud criou a psicanálise, este método pretendia interpretar o inconsciente, este que só se apresenta indirectamente através de sonhos, das fantasias, perturbações neuróticas, esquecimentos e tiques. Freud introduziu nova terminologia – libido, inconsciente, recalcamento,, trauma – que entrou no quotidiano de todos nós. Além disso, o seu método é, ainda hoje, utilizado para fins terapêuticos sobretudo nos países ocidentais, dado que tomar consciência das causas dos comportamentos neuróticos possibilita a sua cura (terapia cognitiva).

Watson e o behaviorismo:
Para John watson (1878-1958) todos os aspectos introspectivos são incompatíveis com o método científico. Influenciado pela teoria de Darwin, considera o meio como o factor essencial na mudança do comportamento/aprendizagem. Trabalhou sobre a aprendizagem animal no laboratório de psicologia experimental da universidade John hopkins em Baltimore, apresentando a sua concepção de psicologia no artigo de 1013, “A psicologia tal como a vê o Behaviorista”. Defende a adopção de métodos objectivos de observação que permitam um acordo entre os vários observadores, de modo a qualquer um poder reproduzir a mesma experiência, chegando ás mesmas conclusões. Para Watson este método experimental, só é aplicável a dois tipos de elementos verificáveis, os estímulos e comportamento. Watson causou grande impacto ao criar uma polémica contra os seguidores da psicologia da consciência. Apresenta uma nova concepção do objecto da psicologia – o comportamento ou behavior – considerado como resposta ou reacção (R), determinada por um estimulo ou conjunto de estímulos do ambiente (S), ambos observáveis e verificáveis, criou esta nova concepção antropológica – o ser humano é construído a partir das influencias do meio; novas terminologias – respostas laríngeas, aprendizagem verbal, feedback; novos métodos de investigação - método experimental e método comparativo e Ruptura definitiva a psicologia de tipo filosófico e afirmação a psicologia cientifica.

O cognitivismo de Piaget e Bruner:
Jean Piaget (1896-1980) e jerome Bruner são da época do construtivismo, estes psicólogos defendiam que o conhecimento é sempre uma interacção entre o que se apresenta de novo e o que já sabíamos. Para estes autores, aprender é construir modelos ou esquemas para interpretar a informação que recebemos, ou seja, para tornar significativa. Segundo estes dois autores o sujeito constrói activamente o conhecimento e as suas próprias estruturas mentais ao longo dos primeiros 12/15 anos de vida. Para o construtivismo, as estratégias de aprendizagem e de resolução de problemas implicam não só comportamento observável, mas também os processos mentais ligados a aquisição e organização da experiência. Conhecer é usar, modificar, transformar um objecto, compreendendo o processo dessa transformação e, consequentemente, compreendendo o modo como o objecto é construído. Assim, a essência do conhecimento é a operação mental. O cognitivismo tem grande impacto na pedagogia por reconhecer a evolução das estruturas mentais da criança e por propor métodos activos. Nestes métodos os conteúdos a ensinar estão em relação com as experiências e contextos, de modo a despertarem a vontade de aprender.

A integração cognitivo-emocional de Damásio:
António Damásio (n. 1944) é um neurocientista português que actualmente trabalha na faculdade de medicina da universidade de Lowa, nos EUA. Para Damásio existe um estabelecimento de uma conexão íntima, “Nós pensamos com o nosso corpo” as emoções e os sentimentos são estratégias para identificar o que aprendemos como bom ou mau para nós, em função da nossa experiência. Damásio apresenta, no seu livro “O Erro de Descartes” (1994), uma teoria dos “marcadores somáticos”, substancias químicas que são interpretadas pelos lobos frontais do cérebro e que explicam como as emoções são biologicamente indispensáveis para se tomarem decisões, ou seja, os processos mentais são inseparáveis dos processos biológicos, a estrutura e funcionamento do sistema nervoso determina traços de personalidade. A importância de Damásio para a psicologia é a nova concepção antropológica (recusa do dualismo ou separação corpo/mente; importância dos processos neurofisiológicos na personalidade) e Nova concepção do comportamento Humano (dependência dos processos intelectuais/racionais em relação aos factores afectivos e fisiológicos